A sede e a sina
Cansaço de mundo
suor escorrendo
a face queimando
os pés carcomidos
secura na boca
e logo avista
a moringa d’água
caneca brilhosa
e a esperança
de beber
água
água
água
mas a mão
ávida e apressada
descuida no barro
e a moringa cai
e jorra pelo chão
a água da sede
toda esperança
e só resta agora
chorar e beber
da sina
da sina
sina.
Rangel Alves da Costa
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