Rangel Alves da Costa*
Dizer que
o Brasil vive num regime de repartição de poderes - executivo, legislativo e
judiciário - é uma grande balela. É o poder judiciário quem vem se arvorando no
direito de mandar, sozinho, em tudo. Para uma melhor ideia, o poder executivo
brasileiro só está funcionando do jeito que está, de forma vergonhosa e
aviltante, por causa do judiciário. É este que tudo faz para manter o governo
Dilma. Ora, ao se barrar quase tudo que seja contra o Planalto, logicamente que
está sendo conivente com a situação desastrosa do país. Do mesmo modo, toma
para si a guarda e comando de todos os ritos próprios do poder legislativo,
impedindo que este tenha vida própria e exerça suas competências
constitucionais. Tudo que diga respeito ao impeachment - o ato do legislativo -
acaba passando pelo crivo do legislativo. Como a maioria dos ministros é
governista por conveniência ou atrelamento, então nada prossegue pelas leis
próprias que regem a câmara e o congresso. Desse modo, os demais poderes
ficavam totalmente esvaziados de força de ação e o judiciário comando tudo. E
num jogo feio de deferimento ou indeferimento, de concessão ou derrubada de liminar,
e tudo como se os seus membros fossem totalmente cegos e alheios à realidade
caótica e lastimosa por que passa a nação brasileira.
Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com
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