*Rangel Alves da Costa
O tempo. O
tempo nos segundos, nos minutos, nas horas. Tanto faz o calendário na parede, a
folhinha, o relógio, tudo relembrando a data e o dia, pois tudo acontecerá no
passo e no compasso do tempo, com o seu percurso e seu fadário. Não adianta
nada antecipar, não adianta querer ir além, não adianta querer ser ponteiro ou
marcador. Tudo nas mãos do tempo, dos segundos, dos minutos, das horas. O sol
com seu tempo, a lua com seu tempo, as estações com seu tempo, a vida também
com seu tempo. O sino dobra um sinal do tempo, de tempo de orar, tempo de
despedida ou tempo de adeus. A manhã chega no seu tempo, a noite não chega
noutro momento. Diz o Eclesiastes que há um tempo de tudo, tempo de nascer e
tempo de morrer, num contínuo refazimento. Não há, pois, que duvidar: tudo é
tempo, tudo nasce a partir do segundo e se prolonga nas horas, nos dias, na
idade, na existência. Até que tudo chegue ao fim. Mas um fim que não é um
final. Assim porque há tempo de saudade e de permanência, que podem durar a
eternidade de uma vida, pois nunca morre completamente aquele que fica na
memória do tempo e dos seus.
Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com
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