Grão solidão
Face a face
com a face do tempo
tudo me vem
sem nenhum disfarce
nada de novo me nasce
a não ser o sofrer
na dor que renasce
e tudo porque um dia
desses da vida em catarse
pensei ser dono do amor
e tudo acabou assim
no coração em impasse
e tudo porque
exigi a paixão
tomei as chaves
da vida e do coração
exigi obediência
desfiz do perdão
quis tudo e ser tudo
e tudo em vão
e o que me resta agora
é um amanhã solidão
um grão na ventania
a sombra de um grão.
Rangel Alves da Costa
Um comentário:
Que linda poesia . Parabéns ! Consegui ver-me paralela a ela. Muito boa!
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