Rangel Alves da Costa*
Que mundo
bom, que mundo perfeito, que mundo maravilhoso, que mundo encantador, é o da
inocência. A pureza na alma, a pureza no pensamento, a pureza na ação, a pureza
na palavra. E que doce idade é a idade da inocência. Seres humanos que existem
sem a contaminação dos atos e atitudes humanos, pequenos seres que existem sem
o pecado carnal, sem o pecado do ódio, sem o pecado da inveja, da intriga, da
falsidade, do desamor. Doce é o tempo dessa doce idade. Uma criança que vai
passando pela vida sem fazer além do instinto, da vontade, do desejo. Mas tudo
sem a intencionalidade adulta, sem o desejo de posse pela força, sem a vontade
materialista de ter. E tudo tão belo como a própria idade, como a própria
inocência. O mundo é belo, a vida é bela, tudo é maravilhoso, e se há choro e
lágrima é porque precisa de cuidado. Apenas. É pétala de flor e a mesma flor, é
mais mansa brisa, é o sonho mais bonito, é a esperança mais pura. E quem dera
outro mundo a esperar os pequeninos assim, na flor da inocência. Um mundo cuja
bondade não fosse diferente de uma criança ou uma vida cuja experiência maior
fosse como uma brincadeira boa de viver. Mas eis que o tempo passa. Mas o tempo
não corrompe a infância. É o mundo do homem que a tudo transforma.
Infelizmente.
Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com
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