Cálice
derramado
Quando o cálice se deita
e o vinho se derrama
por cima do corpo nu
não há mais o que beber
senão a tonta embriaguez
dos seres ávidos e sedentos
de um gole de prazer
e se o cálice do corpo
novamente se derrama
e nada mais resta do vinho
que tanto ainda deseja ter
nada mais resta a beber
senão a palavra esquecida
pedindo apenas um beijo
na saliva que embriaga...
Rangel Alves da Costa
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