Rangel Alves da Costa*
O meu silêncio pergunta: Por que somente a
união entre povos e entre governantes garantirá o sustento da vida?
A Tua palavra diz: “Porventura andarão
dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3:3).
O mundo
foi criado para o convívio humano. O Criador não teria se esmerado na criação
de um ambiente de permanência e relacionamento amigável entre os seres acaso
tivesse a intenção de transformá-lo numa arena de feras ou num campo de
batalha. Confiou ao homem a existência e a convivência, confiou-lhe ainda um
viver justo, digno e compartilhado. Ora, assim se esperaria, principalmente
porque dotado de razão, de sentimentos e de poder de discernimento sobre o bom
e o ruim, sobre o bem e o mal. Contudo, ao optar pela semeadura da intriga, da
inveja, da discórdia, da ameaça, da perseguição e da violência, logicamente que
o homem forjou um mundo próprio diferente daquele que lhe fora confiado. Por
consequência, as relações belicosas, as intimidações e as guerras. Numa estrada
onde todos seguem o mesmo destino, transformar as sombras em labirintos é
conviver no medo e na desconfiança, na violência e na desdita de sangue. Mas
assim a escolha do homem. Uma fera de si mesmo, um predador de qualquer outro
ser.
Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com
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