Cartas
Pelas águas e
silêncios do mar
escritos de um
amor muito antigo
numa garrafa que
agora jaz sobre a areia
alguém que tanto
se entregou por amor
e lançou nas
ondas o que se fez clamor
o carteiro vem
chegando
com envelope de
letras miúdas
e lá dentro papel
cheirando a perfume
mil letras
revelando tristeza e alegria
dizendo da
saudade e do retorno um dia
deixada no umbral
da janela
a carta se abre
sozinha para o entardecer
declarações
apaixonadas de querer demais
promessas de
eternidade no primeiro beijo
e assim a poesia
de todo amoroso desejo
cartas e bilhetes
que chegam e partem
escritos de um
amor gritando as palavras
entre beijos
dados e perfumes derramados
a singela voz de
quem está bem distante
e voa em papéis
para chegar num instante.
Rangel Alves da
Costa
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