Rangel Alves da Costa*
Sabe, às vezes a gente se vê perguntado por
que isso ou aquilo, o por que disso ou daquilo, e acaba concluindo que muito
ainda existe sem resposta. Nada de saber por que a lua daqui é a mesma de lá ou
por que dizem que a cegonha é que traz as criancinhas. Mas perguntas bem mais
profundas e consistentes. Eu mesmo, por exemplo, sempre quis saber a verdade
acerca daqueles imensos megalíticos presentes nas obras das antigas
civilizações. Não quero aceitar as teorias alienígenas, mas não posso deixar de
afirmar o grande mistério que ronda aquilo tudo. Eu também quis saber por que a
lua provoca tantas alterações sobre as águas e sobre as mentes, por que as noites
chamam as enfermidades, por que antes de a morte chegar o doente sempre se
mostra com mais disposição. Será que é o ânimo da despedida? E tantas e tantas
outras perguntas que nem sei se no mundo há mais respostas ou mais indagações.
Por que a toalha fica suja ainda que enxugue mãos sempre limpas, por que o
girassol sempre se volta ao sol, por que as pessoas já conhecem demasiadamente
um ao outro e somente após o casamento começam a fazer cobranças, por que após
a alegria sempre vem a tristeza, por que só reconhecemos o verdadeiro amor
depois que perdemos a pessoa amada, por que de vez em quando reconhecemos
alguém que jamais o encontramos. Por que não se vive completamente a única vida
que se tem?
Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com
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