Espinhos e flores
Da cabeça de
frade
se faz doce e
cocada
e os espinhos da
seca
somem ante a
doçura
do miolo da
urtiga
se mata fome e
sede
e o queimor da
folha
apenas o sol
sertanejo
do espinho de
quipá
se faz ponta de
agulha
e na palma nasce
flor
parecendo outro
jardim
da espiga
desolada
louro cabelo de
boneca
o milho verde e
ralado
e aroma no
cuscuzeiro
tudo é
transformação
nas distâncias do
sertão
um dia a chuva e
trovão
e logo a seca e
desolação.
Rangel Alves da
Costa
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