SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Depois do entardecer (Poesia)


Depois do entardecer


No entardecer escondi o lenço
do meu triste olhar
e fingi uma bela canção
para o meu cantar
me perfumei de lavanda
para suave exalar
molhei um cálice de vinho
para me inebriar
porque não havia outra saída
sem ter quem amar

depois me embebedei
e me pus a dançar
e depois delirei
e comecei a gritar
e depois chorei
como a me revelar
que assim era a vida
sem ter quem amar.


Rangel Alves da Costa

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